Tiroide de Hashimoto
Tiroidite de Hashimoto é uma doença autoimune em que a glândula tiroide vai sendo gradualmente destruída, sendo esta uma das causas mais comuns do hipotiroidismo.
A tiroide é uma glândula localizada no pescoço em frente a laringe que produz as hormonas T3 e T4, que tem papel de regular o metabolismo.
A tiroidite de Hashimoto é caracterizada pela presença de auto imunoglobulinas anormais direcionadas contra a Tiroglobulina. Esta é uma proteína produzida pelas células foliculares e utilizada na totalidade dentro da glândula tireoide. Formam coloides no centro dos folículos da tireoide. É usado na produção de triiodotironina (T3) tetra-iodotironina (T4).
O resultado consiste na apoptose das células da tireoide e na destruição dos folículos e por consequente a libertação das hormonas inicialmente contidas nos folículos. Posteriormente devido ao esvaziamento de hormonas, há uma redução funcional da tiroide. Esta falta de hormonas tiroidianas vai provocar a libertação excessiva de TSH que irá provocar a hipertrofia (aumento) da tiroide, através da síntese de Tiroglobulina.

Causas
Pensa-se que a tiroidite de Hashimoto se deva a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Entre os fatores de risco estão antecedentes familiares da doença e historial de outras doenças autoimunes.
fatores de risco
Vulnerabilidade genética (gene HLA-DR5 ou CTLA-4 ), gravidez, pós-parto, dieta com excesso ou falta de iodo, deficiência de selênio, exposição a radiação ionizante e medicamentos como interferon são fatores de risco para desenvolver essa doença. A incidência também aumenta em pessoas com distúrbios cromossômicos, incluindo síndrome de Turner, síndrome de Down e síndrome de Klinefelter.
Sintomas
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Bócio indolor (inchaço no pescoço);
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Hipotireoidismo ou mais raramente tirotoxicose;
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Hiperpigmentada (manchas);
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Edema periférico (inchaço dos pés);
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Obstipação (prisão de ventre);
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Ganho de peso;
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Calafrio (Sensação de frio constante);
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Depressão nervosa e irritabilidade;
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Pele e cabelo frágeis
Diagnóstico
Começa-se normalmente por fazer um exame à hormona estimulante da tiroide (TSH),o que depois vai influenciar as seguintes outras hormonas- T3 e T4. No hipotiroidismo, que é basicamente, a queda de hormonas na tiroide, existe um aumento da produção de TSH e T3 e a T4 estão reduzidas.
Na tiroide subclínica o TSH aumenta para manter as hormonas normais e o individuo sem sintomas. A comprovação é feita quando são detetados, no sangue, níveis elevados de anticorpos, tais como: anti-TPO, anti-Tg, anti-TSHr, anti-NIS.
Por vezes a doença pode ser mal determinada por faltas de sintomas. Frequentemente a tireoide de Hashimoto é diagnosticada como depressão, transtorno de ansiedade ou síndrome de fadiga crônica.
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Tratamento
O primeiro passo que se opta é a reposição hormonal, com comprimidos de levotiroxina diários e normalmente para o resto da vida. As dosagens dos comprimidos variam consoante a idade, peso, severidade da doença, interações com os medicamentos, por exemplo. O tempo estimado para que desapareçam os sintomas é mais ou menos um mês.
É necessário fazer exames regulares à TSH, produzido na hipófise para estimular a tiroide, de modo a acompanhar a eficácia dos medicamentos. Caso a tiroide esteja muito inflamada ou haja risco de tumor, esta deve ser retirada cirurgicamente
Hakuro Hashimoto

Hakaru Hashimoto, nasceu a 5 de maio de 1881, em Mie Prefecture, uma região mais a sul do Japão. Nasceu no seio de uma família ligada a medicina, uma vez que, esta servia os senhores feudais por vários séculos. Morreu a 9 janeiro de 1934, em sua casa, quando adoeceu com a febre tifoide, aos 52 anos.
Hashimoto casou com Yoshiko Miyake, com quem tive quatro filhos (uma filha e três filhos). Era um devoto budista e esteve ligado a uma associação budista enquanto estudava. Hakaru, era particularmente fã de teatro e na compra de livros estrangeiros.
A pesquisa que Hashimoto ficou mais conhecido foi a doença autoimune da tiroide, O nome desta doença foi dado a partir do cientista que a descobriu, ou seja, tiroide de Hashimoto e mais tarde esta foi mais bem aprofundada por cientistas ingleses e americanos, onde foi reconhecida como uma doença autoimune.