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 Diabetes Tipo 1

 

                                                                    

Quando alguém tem diabetes tipo 1 (DM1), o seu pâncreas não fabrica insulina ou fabrica uma quantidade muito pequena.

A insulina é uma hormona que auxilia a glicose a entrar nas células, onde pode ser usada como fonte de energia. Sem a insulina, a glicose não consegue entrar nas células e acumula-se na corrente sanguínea. Os níveis altos de açúcar (glicose) no sangue é prejudicial para o corpo e causa muitos dos sintomas e complicações associados a diabetes.

DM1 é normalmente diagnosticada em crianças, adolescentes e jovens adultos, mas pode ser desenvolvida em qualquer idade.

 

O nosso corpo possui um sistema de defesa, denominado sistema imunitário que nos protege das infecções causadas por agentes externos como vírus e bactérias. Os glóbulos brancos fazem parte desta linha de defesa e circulam no nosso corpo em busca de agentes externos para intervir. Esta tarefa é muito específica, para que os glóbulos brancos destruam apenas o que é estranho e não ataquem as células do corpo.

Segundo El Essawy, B e Li, X. et al (2015) pessoas com doenças autoimunes, na qual se encontra incluída a DM1, sistema imunitário do indivíduo em questão perde a competência na deteção do que é externo e ataca as células de determinado órgão, no caso da DM1, as células beta do pâncreas. Quando isso acontece, os glóbulos brancos originam uma reação inflamatória nas células do corpo afetadas, que resulta na destruição das mesmas.

 

Com a destruição destas células há uma perda progressiva e definitiva da capacidade das mesmas, gerando uma menor produção de insulina e com isso uma desregulação dos níveis de glicose no corpo (hiperglicemia). Estas células produtoras de insulina, depois de destruídas não voltam a recuperar a sua função anterior, o que faz da DM1 uma doença crónica. Na evolução normal da DM1 as pessoas deixam de produzir por completo insulina, sendo o tratamento único e indispensável à administração externa de insulina.

A DM1 não pode ser prevenida, isto é, não se pode fazer nada para que ela não surja. Sabe-se que existe uma predisposição genética em algumas pessoas, principalmente algumas que possuem genes específicos, mas só isso não chega. Supõem-se que existam também fatores ambientais que tenham um papel ativo neste processo e que sejam os “ativadores” desta resposta imunitária exacerbada.

 

 

 

A DM1 é menos comum que a diabetes tipo 2, só aproximadamente 5-10% das pessoas com diabetes têm o tipo 1. Hoje em dia, ninguém sabe como prevenir DM1, mas a doença pode ser controlada seguindo as recomendações de especialistas para ter um estilo de vida saudável, controlando o nível de açúcar no sangue, sendo examinados regularmente e procurar saber mais sobre os cuidados a se ter.

complicações das diabetes:

  • Lesões e placas nos vasos sanguíneos, que comprometem a oxigenação dos órgãos e elevam o risco de infartos e AVCs

  • Retinopatia diabética (danos à retina, o tecido no fundo do globo ocular, que levam à cegueira)

  • Falência renal

  • Neuropatia periférica (comprometimento dos nervos, que compromete a sensibilidade)

  • Amputações devido a feridas não perceptíveis na pele, que são capazes de evoluir para gangrena

  • periodontite (doença das gengivas)

 

 

 

Apesar da pesquisa não ser totalmente conclusiva, há indivíduos de certas etnias que têm mais possibilidades de contrair diabetes, sendo estes:

  • Afro-americanos

  • Nativos americanos

  • Asiáticos

  • Habitantes das ilhas do pacífico

  • Sul-americanos

 

Recomendações aos pais

Caso a sua criança tem DM1, especialmente uma criança de tenra idade, os pais terão a responsabilidade de prestar os cuidados de dia-a-dia necessários, desde dar às crianças alimentação saudaveis e dar as injeções de insulina a estarem atentos e tratar a hipoglicemia (nível baixo de açúcar no sangue). Também terão de estar em contacto com a equipa de médicos e enfermeiros da sua criança; a equipa ajudará a perceber o plano de tratamento e como ajudar a sua criança a permanecer saudável.

 

Quais são as causas da DM1?

Suspeita-se que a DM1 é causada por uma reação autoimune (o corpo ataca-se a si próprio devido a um erro) que destrói as células localizadas no pâncreas que produzem insulina, denominadas células beta. Este processo pode estender-se por meses ou até anos antes de algum sintoma aparecer.

Algumas pessoas têm certos genes que provocam mais propensão a desenvolver DM1, embora muitas pessoas não desenvolvam a DM1 mesmo que tenham os genes. Estar exposto a certos tipos de ambientes, como vírus, também podem ter um papel em desenvolver DM1. No entanto, outros fatores para a contração da doença podem vir a ser relacionados com falta de produção de insulina (dm1), diabetes gestacional (muitas mulheres contraem diabetes quando estão grávidas devido a uma resposta a insulina do bebe), idade (longa vida), obesidade e dieta pouco rica em nutrientes condições hormonais (hipertiroidismo por exemplo).

 

Sintomas e fatores de risco

Pode demorar meses ou anos até terem sido destruídas suficientes células beta para provocar sintomas visíveis. Os sintomas da DM1 podem se desenvolver em apenas algumas semanas ou meses, mas quando os sintomas aparecem têm um grande impacto na vida dos doentes.

Alguns sintomas da DM1 podem ser semelhantes a sintomas de outros problemas de saúde. Se alguém suspeita de que pode ter a doença, deve ir ao seu médico imediatamente para verificar os níveis de açúcar no sangue. A DM1 quando não é tratada pode conduzir a graves ou até mesmo fatais problemas de saúde.

Os fatores de risco da DM1 não são tão evidentes como os fatores de risco de pré diabetes e de diabetes tipo 2, embora o histórico familiar é conhecido como um dos fatores de risco mais evidentes.

 

Testagem para DM1

Um simples exame ao sangue é o suficiente para se diagnosticar DM1.

Se o seu médico suspeita que tem DM1 também se pode testar o sangue para a presença de autoanticorpos (células que indicam que o corpo se está a atacar a si próprio), estes estão normalmente presentes na DM1 mas não nos diabetes tipo 2. Também se pode testar a urina à procura de cetonas ( evidencia que o corpo queima gordura para obter energia), que também indica para o diagnóstico de DM1 em vez de diabetes tipo 2.

 

Controlo da doença

Ao contrário de muitos problemas de saúde, a DM1 é controlada principalmente pelo doente. Os doentes que sofrem de DM1 têm de tomar injeções de insulina ou usar uma bomba de insulina todos os dias para controlar os níveis de açúcar no sangue e ter a energia suficiente que o corpo precisa. A insulina não pode ser ingerida através de comprimidos porque o ácido do estômago iria destruí-la antes de chegar à corrente sanguínea. O doente também necessita de ver os níveis de açúcar no sangue regularmente, essa regularidade depende de paciente para paciente. Manter os níveis de açúcar o mais aproximado possível do objetivo pode ajudar a prevenir ou atrasar complicações relacionadas com a DM1.

Os hábitos saudáveis também são muito importantes:

  • Escolher opções de comida saudável

  • Ser ativo e fazer exercício regularmente

  • Controlar a pressão sanguínea

  • cholesterol Controlar os níveis de colesterol

 

 

Hipoglicemia e cetoacidose diabética

A hipoglicemia e cetoacidose diabética são duas complicações comuns da DM1. A hipoglicemia (níveis baixos de açúcar no sangue) acontece muito repentinamente e tem de ser tratada com muita rapidez. Muitas vezes é causada por demasiada insulina no sistema, por estar demasiado tempo sem comer ou não comer o suficiente ou por demasiada atividade física. A cetoacidose diabética é uma complicação muito séria associada aos diabetes que pode ser fatal. A cetoacidose diabética desenvolve-se quando o corpo não tem insulina suficiente para a glicose entrar nas células para ser usada como fonte de energia. Níveis altos de insulina no sangue e baixos níveis de insulina levam à cetoacidose diabética. As maiores causas desta complicação são infecções, não administrar insulina corretamente ou falhar a hora da injeção, acidentes vasculares cerebrais e medicamentos corticoides.

 

O que acontece no pâncreas?

Na DM1, o pâncreas pára de produzir insulina devido à destruição das células Beta pelo sistema imunitário do corpo. Sem a insulina as células do corpo não conseguem transformar a glicose em energia.

Os pacientes que sofrem de DM1 dependem de injeções de insulina todos os dias para o resto da sua vida para substituir a insulina que o seu corpo não é capaz de produzir. Os pacientes têm de, para além de tomar injeções diariamente, de testar os níveis de glicose no sangue várias vezes ao dia.

O início da doença ocorre frequentemente em pessoas com menos de 30 anos. Contudo novos estudos sugerem que quase metade das pessoas que desenvolvem a doença são diagnosticadas com mais de 30 anos. Cerca de 10-15% de todos os casos de diabetes são do tipo 1.

 

O que acontece às pessoas com DM1 que não recebem insulina?

Sem insulina o corpo queima a sua própria gordura como substituto o que faz com que substâncias químicas sejam libertadas na corrente sanguínea. Com o tempo e sem injeções de insulina, as substâncias químicas perigosas vão-se acumular e serão fatais se não for tratado. Esta condição denomina-se cetoacidose diabética.

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